terça-feira, 23 de abril de 2013

Anseio da Morte

Há uma tormenta imensa em mim!
Tsunamis catastróficos inundando a terra firme,
Rosas negras que se despetalam ao toque mais sutil.
Tambores rufando - seu epicentro, meu interior -
cineticamente em inércia inquieta.
Barragens hidrelétricas transbordando,
Prestes a estourar em nuvens trovoadas e relampejantes,
Já minusculamente a rachar!
Formigas lava-pé subindo por meus pés, invadindo meu corpo
Para fugirem dos cupins!
Me afogando em maré cheia, a praia deserta,
O paradigma:
Quanto mais me desespero, mais me afogo;
quanto menos eu tento, mais cedo morro.

Quisera que fosse a explosão estelar que ocorresse -
Pois explode, e expande, queimando seu combustível
Até que se exaure, contrai e esfria,
Gélida, perde seu brilho e de tão pesada,
Inicia o movimento contrário -
Espiralando qualquer coisa ao seu centro.
Tudo perde a forma.
Tempo e espaço não fazem sentido!
Apenas um ponto no Universo tão repleto e tão contido,
Ponto sombrio no breu absoluto
Escuro como meu olhar
Denso como meu espírito.

04/10/2012


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