sábado, 16 de março de 2013


Vá, velho senhor
E leia as frias palavras
Vá, velho plebeu
Em seus prantos, ao caminhar as cruzadas
Vá, pobre senhor
Escute as risadas!
Das paredes inanimadas
De onde ecoaram suas preces.
Seus velhos joelhos calejados de tanto esperar
Um milagre divino que passou a vida a procurar
Sobre sua cabeça, há apenas solidão
Mesmo sendo que passou a vida nos campos da escravidão
Que amor é esse que te abandona
Mas aos que esbanjam, sempre vem à tona?
Velho senhor, não procure a paz
Onde somente uma nuvem jaz!
Velho plebeu, passou a vida a lutar
O que lhe resta agora, orar?, esperar?
Pobre senhor, encerre sua vida com louvor
Pois na verdade, foi sozinho que expeliu a dor
Vá velho senhor

20/11/1999

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