domingo, 5 de janeiro de 2014

Dormência

Enquanto o sono não vem
Chegam as lágrimas do meu viver
Se sei que minha vida é sofrer
Pra que tentar ser feliz?

Me libertar de minhas grades
Significa ser só, sair por aí
Para viver aventuras que já vi
Sentir quedas que jamais imaginei

Enquanto me deito na escuridão
Vislumbro a guerra que jamais tem fim
Há batalhas ganhas, outras perdidas, enfim
Minha dor eterna será companheira

Choro porque as amarras são fortes
E mesmo quieta, me ferem
Não sei qual versão preferem
Pois o silêncio me cai bem

Vejo mesmo as formas que fiz
Não são bem as que quiseste
Nasci a própria negra peste
Ovelha não, minha liberdade está em mim

25/09/2005


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