É importante revisitarmos nosso passado. Não através do arrependimento, não na esperança de que algum fator possa ser modificado. Os acontecimentos da vida respondem a um equilíbrio universal, são respostas a variáveis incalculáveis e incontroláveis por nós, portanto só pode haver um resultado para cada situação, assim como na matemática um conjunto de números organizados de uma forma específica em uma equação específica só podem nos fornecer um resultado. Revisitar o passado é rever, revisar. É reviver os acontecimentos sob nova perspectiva, possuindo novas experiências e atingindo níveis mais profundos da consciência. Se não entendemos nosso passado, permanecemos presos a ele; tentar seguir em frente deixando um rastro para trás, como Maria e João deixaram um rastro de pão, guiará nossas feras diretamente a nós. Nos encontrarão perdidos, desprevenidos, e sem nem mesmo saber que esses bichos ferozes são nossos, sucumbiremos quando podemos domá-los, adestrá-los, quando podemos ser senhores dessas feras, dominá-las para servir-nos com amabilidade. Podemos usufruir dessas feras para proteger-nos, sabendo que nós e as feras somos um só, podemos usar sua ferocidade para dar-nos coragem, suas garras para galoparmos, sua companhia para afugentarmos a solidão. Não devemos temer os monstros do passado, pois com o passar do tempo aprendemos que as aparências enganam.
It is important to revisit our past. Not through regret, not under the hope that some factor might be modified. All happenings of life respond to a universal equilibrium, they are answers to incalculable and uncontrollable variables, therefore there can only be one outcome to each situation, like in mathematics a set of numbers organized in a specific manner in a specific equation can only have one result. Revisiting the past is observing again, is reviewing. It is reliving the happenings under new perspective, possessing new experiences and reaching deeper levels of conciousness. If we do not understand our past, we remain attached to it; attempting to move foward leaving a trace behind us, like Hansel and Gretel left a trail of bread behind, guiding our beasts directly to ourselves. They will find us lost, off guard, and not knowing that these beasts belong to us, we succumb when we could tame them, train them, when we can be lords of the beast, dominate them so they will serve us amiably. We can benefit from these beast to protect us, knowing that us and them are one, we can use their ferocity to give us courage, their claws to gallop, their company to frighten off loneliness. We shouldn´t fear the monsters of the past, because with time, we learn that looks are deceiving.
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